Geralmente eles vêm de longe e a profissão de ajudante de obras é a primeira que aparece. Raçudos, aprendem a medir, a quantificar e a aprumar muitas vezes sem saber escrever direito o próprio nome.
Reclamamos das calçadas tortas, sem planejamento. E geralmente são eles que as fazem, daquele jeito... Com o contratante mandando aproveitar o que sobrou do saco de cimento, com a madame de saco cheio da obra estar demorando tanto, com o dia de chuva ameçando, mas salve-se quem puder!
Essa profissão precisa se profissionalizar. Sem que isso aconteça, vamos continuar tropeçando pelas calçadas da cidade. A Prefeitura com seus cursos profissionalizantes poderia dar uma forcinha. Assim ninguém mais precisaria ensinar o pedreiro a fazer o degrau. Ele mesmo traria as regras e a partir daí começaríamos a ter uma cidade mais transitável.
Hoje eu fiz um teste: ao invés de voltar pra casa pela calçada, voltei pela rua, onde os carros passam. Demorei menos da metade do tempo pra chegar. Não tropecei nenhuma vez - mas quase fui atropelada duas. O paulistano, que está sempre com pressa, ia amar a cidade das calçadas retas. Quem sabe esse apelo funcionasse para que um passo fosse dado nesse sentido?
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