domingo, 14 de novembro de 2010

Oh vida! Oh azar...

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Ser pessimista é coisa de gente antiga.

Embora a TV ainda fature milhões com desgraças, violência e barbaridades, a vida melhorou e só não vê quem não quer. O povo reelege seus governantes, uma, duas, três, quatro vezes, não por ignorância. Nosso povo viaja de avião, tem carro, come mais, consome cultura, melhorou sua escolaridade.

Sim, a maioria está endividada, mas mesmo assim não costuma perder o sono ou se privar de prazeres. Claro, temos ainda carentes, humildes, pobres de ma-ré-de-si. Mas até para eles há milhares de ONGs, projetos sociais e perspectivas que antes eram apenas um sonho distante.

Equipes como os médicos sem fronteiras, "fazer o bem", entre outras, viajam por aí levando em domicílio gotas de solidariedade e esperança.

Tem salário desemprego, empréstimo, fiança, depósito. Cartões mágicos de crédito que como boas facas de dois gumes podem matar mas também podem curar.

É possível conversar com os policiais, com os delegados, propor emendas na Câmara. É possível votar.

Sim, aos que ainda se queixam da vida como os antigos, olhem em volta para os carros de luxo que nem mais conseguimos decorar os nomes. Olhem em volta para a pomposa cidade que se ergue e se mantém e não foi do dia para a noite nem é fruto de nenhuma miragem.

A cidade é amarga sim, mas também é doce e maravilhosa. A cidade se enfeita em fachadas, se apresenta esguia. Diariamente milhões de gentilezas acontecem pelas ruas, pelo trânsito, nas marginais, avenidas. Nos ônibus, elevadores. No metrô. A cidade fumaça também nos sorri.

Aos que só conseguem ver nela portas fechadas, não se esqueçam que São Paulo é a cidade dos bilhões de endereços. O que não podemos é desistir de procurá-los. ;-)

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