Agora há pouco, enquanto comia um pastel sentada no banquinho da barraca lá na feira de quarta (Rua Tavares Bastos, altura da Rua Raul Pompéia), presenciei uma cena que me deu uma idéia nova:
Sim, novamente vão falar que eu cuido da vida dos outros, mas peço desculpas por fazer isso. Prometo que só vou continuar reparando até que nossa cidade seja civilizada. Depois eu paro com isso.
Belas moças uniformizadas, colaboradoras do Hospital São Camilo, chegaram para almoçar ao meu lado. Eu, generosamente puxei meu banquinho mais para o lado, e a menina de saia, coque e salto alto pediu seu pastel de pizza.
Enquanto ela comia, fazia uma sujeira incrível! Pediu salada (nem sabia que existia, só conhecia o vinagrete) e ia besuntando o pastel e recheando a massa com aqueles quadradinhos de alface. Metade caía pelo chão, mas ela não estava nem aí. Eu nem devia ter dado um cantinho para ela, porque aquela sujeira começou a sujar meu sapato. Mas, para coroar a total falta de modos e educação, quando ela terminou amassou os papéis melecados e atirou no chão.
Ora, bolas, mas que sem educação! - pensei. Ainda mais que trabalha num hospital, é colaboradora indireta da área da saúde e pratica porquices quase em frente à sua empresa!
Bem, tudo isso serve para dizer que nova proposta encaminharei à Prefeitura: "Programas educativos que sejam desenvolvidos pela Prefeitura e aplicados pelos setores de RH das empresas".
Lá no centro de ambientação e treinamento, seus funcionários devem ser orientados a levar para fora da empresa, conceitos básicos de higiene e cidadania que são praticados lá dentro.
Isso será bom para a cidade, para os funcionários e também criará um clima de "glamour". Quem trabalha em empresa grande, é chique - é cidadão.
Então, uma pessoa que desfila orgulhosamente seu crachá pelas ruas, dificilmente será vista jogando lixo pelo chão, o que trará a ela um ar de superioridade extra. E os que também almejam um trabalho tão importante, evitarão esse tipo de comportamento, para não revelarem que ainda fazem parte da "plebe".
Parece preconceituoso, mas é assim que as grandes empresas vendem os carros mais belos, luxosos e transados. Para fabricar um carro popular ou um carro de luxo (da linha standard), o custo varia muito pouco. O que se cobra a mais é o marketing, o glamour criado em torno do veículo. E as pessoas compram - e muito!
Se ser limpo passar a ser chique, quem sabe retomemos os trilhos da civilidade?
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