Nessa semana tive alguns transtornos com a vizinhança, com quem eu sempre me dei super bem. Demorou mas aconteceu a primeira briga, dessas em que a gente esquece que está falando com estranho e se comporta como quando briga com um irmão ou parente: Deixa falando sozinho, faz careta e tudo mais.
O vizinho da casa ao lado se mudou. Ele resolveu estourar fogos de artifício no dia do centenário do Corinthians e infelizmente perdeu a visão. Ele não sabia lidar com os fogos. Acontece até com quem sabe, imagine com quem não sabe. Naquele dia eu pensei que algum ladrão estava arrebentando a porta de casa, ou que era a gang da ré. Mas não. Era ele que tinha acabado de provocar um acidente que lhe feriu o globo ocular com tanta profundidade que perdeu a vista, como costumamos dizer.
Duas semanas antes esse mesmo vizinho, que não tinha garagem e que deixava o carro na rua toda noite, durante anos e anos, teve seu carro furtado. Sua esposa decidiu que essa casa dava azar e se mudou com ele e as crianças, no último final de semana.
Mas eles deixaram as janelas todas abertas e as portas de dentro passavam o dia todo batendo assim que o vento soprava. Parecia bate estaca. Então, ao invés de eu telefonar para a proprietária do imóvel, decidi entrar na casa e fechar todas as janelas que alcancei. Resolvi o problema na hora. E pronto.
A mesma coisa sinto vontade de fazer quando a outra vizinha liga o rádio alto, e fica o dia todo curtindo aquele som do Zezé di Camargo. "Tapa na cara", Bruno e Marrone, Luan Santana e outras pérolas da Nativa FM, rolam soltas direto. Como todo mundo já pediu pra ela se tocar - até a polícia, mas ela não toma jeito, minha vontade é de ir lá e desligar o rádio. Assim como eu fiz com as janelas, tenho vontade de fazer com ela.
Outra coisa são os cachorros da fábrica da frente que não param de latir durante algumas noites em que se invocam. Fico da cama pensando em como calá-los (pois também já avisei os proprietários várias vezes, mas não adiantou). Claro, idéias sórdidas passam pela minha mente, mas jamais teria coragem de levá-las a cabo, pois gosto muito de cachorros e sei bem que a falta de educação é do dono. Eu costumava em desespero de causa lavar a calçada deles com água e citronella, mas estava me saindo muito caro.
Hoje o outro vizinho trouxe uns galos pra casa. Já tive a experiência de ter um galinheiro montado do outro lado da parede onde dormia, e posso testemunhar que é uma "experiência única". Tomara que ele tenha trazido esses galos para montar alguma rinha, assim poderei denunciá-lo em breve.
Bem, o que tinha de novidade para hoje era isso: Tem gente que atrapalha mais do que obra de edifício. Tem gente que não se toca. É sem educação. Muitas coisas pela cidade acontecem porque o respeito ao próximo muitas vezes é inexistente. As violências "gratuitas", têm origem e processo. Nada é tão "gratuito". Sempre tem um histórico. Eu sou civilizada, e obviamente imagino mas não pratico nenhuma maldade, pois sei que isso não se faz. "Dá azar!", como dizia minha avó. Mas tem pessoas por aí que tomam "umas" e acabam sendo radicais. Eu, se fosse folgado, não arriscaria minha pele pagando pra ver.
Morar em cidade grande às vezes é "osso": Bicho, barulho, buzina, e outros incômodos mais. Haja falta de educação!
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