Ontem assisti ao Dr. Drauzio Varella no Roda Viva e acabei ficando triste quando ele se declarou contra a fitoterapia. Disse que tudo na vida tem que ser documentado, publicado e blablabla. Gostaria de lembrá-lo que antes de inventarem a escrita, já havia a medicina. Também novamente desprezou os homeopatas, estudiosos que beiram a santidade quando se trata de doenças crônicas. E por fim, se declarou ateu. Muito estranho para quem trabalha na área da saúde. Eu mesma não conheço nenhum médico que não tenha se surpreendido com o desfecho de algum tratamento.
Bem, mas hoje novamente vim falar sobre o lixo. O lixo é podre, sujo e nojento. Mas o que mais me incomoda nele é que enfeia a cidade demais. E é mais fácil convencer alguém que atirar lixo na rua é coisa de gente brega, que morar numa cidade feia é pra pessoa sem classe, do que ficar explicando que não é saudável pisar no cocô. É, infelizmente é isso. Por mais grana que alguém tenha, nem sempre os hábitos de higiene caminham junto.
Então a campanha Cidade Limpa (de lixo) tem que vir atrelada à Cidade Linda (de belezura). Afinal de contas, o novo rico quer morar bonito. Não quer? Por isso gasta os tubos em apartamentos decorados.
Mas vou fazer justiça: Não são só os moradores de prédios que emporcalham nossa região. Os moradores das casas também. E as casas abandonadas são outro foco nojento de imundície.
Tenho pensado na cidade como um objeto de arte. Pensado nas esquinas, nas plantas, nas fachadas. Tentando vê-la com outros olhos para ver se encontro soluções mais eficazes. Se encontrar, vou montar um negócio. Porque esse lance de ficar pensando nesses assuntos para não ganhar nada, é furada. Uma coisa que me irrita na cidade é que tudo o que é muito útil precisa ser feito voluntariamente, senão você corre o risco de ser visto como mercenário. Só que não é assim. Remuneração tem que ser para quem faz coisas boas. E quem destrói é que tem que ser multado. Não eu, que pago para trabalhar. A revolta continua.
0 comentários:
Postar um comentário