sábado, 30 de abril de 2011

Casamento real

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Hoje todo mundo assistiu ao casamento e por um momento imaginamos como seria a vida se todo mundo fosse tão rico e tão bonito quanto eles.

Os homens ficaram pensando sobre o que as mulheres querem deles, as mulheres imaginando qual seria o vestido que teriam escolhido se fossem a Kate.

Então hoje vou fugir ao assunto e deixar aqui o vestido que escolhi para mim. E para não perder o hábito de falar mal de alguma coisa, comento como foi difícil achar um vestido legal na internet. E bouquet então? Os vestidos são muito parecidos entre si. O único que eu adorei foi esse aqui. E abaixo alguns acessórios legais:










sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por que nossas praças são sujas?

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Tenho uma lembrança de infância: A primeira vez que minha mãe me deu bronca por eu estar pisando na grama. Fiquei intrigada com a proibição. Grama não é pra pisar? Por que?
Lembro que saí da grama mas dava um jeito de dar uma pisadinha sempre que ela se distraía. Quem é cria da cidade grande, tem um pouco de dificuldade de lidar com áreas verdes. Com terra, mato, bicho.

Eu, sinceramente, até hoje não vejo outra utilidade na grama a não ser pisar nela com todo gosto, para sentir a terra, a planta. Um carinho que ela faz nos pés da gente, bem diferente do chão duro do asfalto. Pisar na grama é sentir a vida. Para mim, até hoje é isso.

Esse é o meu jeito de lidar com o mato, mas tem gente que tem outros, diferentes. Acham que uma praça grande serve para o cachorro correr livre. É um tipo de réplica do sítio ou da fazenda. Outros pensam que o mato serve pra queimar fumo, pois não incomoda ninguém além de ser escondidinho. Tem gente que usa pra namorar, afinal de contas é bucólico e silvestre. Eu mesma já usei uma praça pra esconder uma caixa de livros enquanto ia buscar transporte para eles, pois estavam pesados.

Mato é pra fazer picnic. Piquenique. É assim que se escreve? :/ Então, sentar no mato e fazer uma farofa é coisa de quem gosta de estar ao ar livre. E o bicho da cidade não sabe se comportar e acaba esquecendo seus restos por lá mesmo. Até porque a praça é um lugar grande, onde não mora ninguém, onde um saco de entulho não atrapalha nenhum carro para entrar na garagem, e se o saquinho soltar um fedor, quem vai sentir? O impacto psicológico de uma praça é grande. Praças são locais que a gente ainda não aprendeu a lidar bem. Por serem diferentes. Olhar para a praça é ver a possibilidade de levar uma vida diferente. Talvez isso incomode um pouco. Nem todos estamos preparados para lidar bem com isso.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Notícia antiga. Eu moro nessa rua e nem fiquei sabendo... Arrastão!

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Grupo rouba 15 carros em estacionamento na zona oeste de SP

FOLHA

Um grupo de aproximadamente 20 criminosos roubou aproximadamente 15 carros em um estacionamento na rua Doutor Miranda de Azevedo, no bairro da Vila Pompeia, zona oeste de São Paulo, na noite de segunda-feira (27), de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

O dono do estacionamento não soube dizer a quantidade exata de carros roubados, nem os modelos ou placas.

Segundo a secretaria, um funcionário do estabelecimento informou à Polícia Militar que um homem em carro Vectra preto com vidros escuros entrou no estacionamento e perguntou o preço. Durante o atendimento, cerca de 20 homens entraram e anunciaram o assalto. Dois dos criminosos estavam armados, informou a SSP.

No total, foram levados cerca de 15 veículos, dois celulares e R$ 300. Um Gol prata que foi roubado na ação foi encontrado minutos depois.

O caso foi registrado no 7º DP (Lapa).

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:EgxS96fiwzgJ:www.clickpb.com.br/artigo.php%3Fid%3D20101228011500%26cat%3Dpolicial%26keys%3Dgrupo-rouba-carros-estacionamento-zona-oeste-sp+miranda+de+azevedo,+1354&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br

Construção da Arena transforma o Palmeiras em "Torre de Babel"

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http://esporte.ig.com.br/futebol/construcao+da+arena+transforma+o+palmeiras+em+torre+de+babel/n1300108095213.html


Brincadeira, né... Derrubar um estádio pra depois ficar com essa palhaçada... Só aqui mesmo... É muito chupim para um clube de imigrantes...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tem formigas na sua casa? Aqui, após muitas tentativas, consegui dar um jeito nelas usando esse produto. As formigas o carregam pra dentro do formigueiro e aí dão uma trégua!

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Respeito social

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Às vezes me sinto impotente. Quando vou ao cinema não posso pagar meia. Minha mãe e meus sobrinhos pagam. Meu cunhado também, porque tem o Itau Cultura. Eu sou a única que pago o ingresso inteiro.

Quando procuro emprego, às vezes me animo com alguma vaga. Vou ver, é pra deficientes. O mesmo se dá quando aparece aquela super vaga para estacionar o carro. Reservada.

As cotas na universidade separadas por raça também me deixam cabreira. Quer dizer que alguém quem tira metade da minha nota pode entrar na faculdade e eu não? Ué... Também estudei em escola pública e não tive essa mordomia toda! A verdade é que eu era uma das poucas da classe que estudava. O resto costumava nem fazer a lição. Depois tem cotas separadas para eles na universidade... É certo isso? Todo mundo tem que estudar! Ou não? Enfim...

Há certos ajustes sociais que são meio injustos. Nas placas não precisaria vir escrito atendimento preferencial a idosos, gestantes, crianças no colo. Tem também a turma das varizes, da artrose, recém operados, etc... A ordem de atendimento deveria obedecer ao bom senso. Quem tivesse pressa, pegaria a lista preferencial. Isso seria possível numa sociedade honesta. Na nossa, é mesmo difícil. Então somos esmagados pelas injustiças.

Nas placas do elevador não precisaria vir escrito "proibido insultar gays". Por que não citam também os gordos, tão discriminados em elevadores? As pessoas até se encolhem quando um gordo entra. Tem gente que chega a descer do elevador. Na placa deveria vir escrito "Respeito Social". Já englobaria tudo.

Meu avô era um italiano lindão que ficou viúvo duas vezes e se casou três. Só não casou mais vezes porque deixou a terceira mulher viúva. Ela era negra. Não teve filhos com ela, porque já era idoso. Mas não era racista, tanto que se casou com uma negra. Ela não era uma unanimidade entre os filhos, mas não por ser negra. É porque tinha um gênio forte mesmo.

E aproveito para deixar aqui a foto de meus sobrinhos, todos descendentes de negros, frutos de uma mistura de raças que só é possível porque há muito preconceito, mas também há muito amor:

Oi, Preta!

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Minha vizinha é mulata. Mulata de olhos verdes. Ela tem o hábito de chamar todo mundo de "preta". Eu acho legal. É um jeito dela ser simpática. Não decora nomes, como eu, então para não dizer um "oi" seco, fala "oi, preta!".

Eu sou branca. Ela é negra. Se fosse o contrário, já pensou? Iriam dizer que eu estava de preconceito. Eu canso de ver no orkut morenas escuras trocando scraps se chamando de "negas". É um apelido de negro para negro. Se eu chamar uma delas de "nega", vou presa.

Essas leis são infernais. A mesma coisa é com viado. Se alguém me fecha na rua, às vezes eu falo "ooooo, viado!". Falo só pra mim, é claro. E nem sei se é homem ou mulher, pra começar. Viado, nesse caso, é sinônimo de filho da puta. O que não quer dizer que a mãe dele seja da zona do meretrício.

A língua portuguesa é cheia de múltiplos sentidos. E essas leis que inventaram são coisas para quem não tem mais o que fazer. É só parar pra pensar: Se o brasileiro fosse tão preconceituoso, haveria tanta mistura racial? Somos praticamente 99% híbridos (ou mais). No futebol, quase todos negros. E mesmo assim vira e mexe vem um ou outro dizer que foi chamado de macaco. Vai olhar, o que xingou de macaco também é filho de negros. Vai entender...

Ao mesmo tempo olho no orkut e vejo morenos dizerem que são da raça branca. O preconceito é de quem, afinal? :/

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ai ai

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Ontem assisti ao Dr. Drauzio Varella no Roda Viva e acabei ficando triste quando ele se declarou contra a fitoterapia. Disse que tudo na vida tem que ser documentado, publicado e blablabla. Gostaria de lembrá-lo que antes de inventarem a escrita, já havia a medicina. Também novamente desprezou os homeopatas, estudiosos que beiram a santidade quando se trata de doenças crônicas. E por fim, se declarou ateu. Muito estranho para quem trabalha na área da saúde. Eu mesma não conheço nenhum médico que não tenha se surpreendido com o desfecho de algum tratamento.

Bem, mas hoje novamente vim falar sobre o lixo. O lixo é podre, sujo e nojento. Mas o que mais me incomoda nele é que enfeia a cidade demais. E é mais fácil convencer alguém que atirar lixo na rua é coisa de gente brega, que morar numa cidade feia é pra pessoa sem classe, do que ficar explicando que não é saudável pisar no cocô. É, infelizmente é isso. Por mais grana que alguém tenha, nem sempre os hábitos de higiene caminham junto.

Então a campanha Cidade Limpa (de lixo) tem que vir atrelada à Cidade Linda (de belezura). Afinal de contas, o novo rico quer morar bonito. Não quer? Por isso gasta os tubos em apartamentos decorados.
Mas vou fazer justiça: Não são só os moradores de prédios que emporcalham nossa região. Os moradores das casas também. E as casas abandonadas são outro foco nojento de imundície.

Tenho pensado na cidade como um objeto de arte. Pensado nas esquinas, nas plantas, nas fachadas. Tentando vê-la com outros olhos para ver se encontro soluções mais eficazes. Se encontrar, vou montar um negócio. Porque esse lance de ficar pensando nesses assuntos para não ganhar nada, é furada. Uma coisa que me irrita na cidade é que tudo o que é muito útil precisa ser feito voluntariamente, senão você corre o risco de ser visto como mercenário. Só que não é assim. Remuneração tem que ser para quem faz coisas boas. E quem destrói é que tem que ser multado. Não eu, que pago para trabalhar. A revolta continua.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quanto custa uma empada de palmito aqui no bairro?

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Meu pai adora comer empadas. E de um tempo pra cá ele ficou doente então tenho sempre que sair para comprá-las. Eu nem sabia quanto custava uma, mas fiquei intrigada ao constatar as diferenças de preço:

Na padaria da Rua Sepetiba: 2,50
Na Sagres, da Miranda de Azevedo, 2,60
Na Pompeia Chic, da Alfonso Bovero com a Caraibas: 2,80
Na Dona Deola, da Av. Pompeia com Saramenha: 3,90
No Mercadinho Souza da Rua Cajaíba: 1,50

A mesma coisa a água tônica: No mercadinho Souza custa metade do preço do boteco da Avenida Pompeia.

O pãozinho da Sagres é horrível. E o da padaria Natalina da Sepetiba é o melhor de todos. Estamos mal servidos de padarias. Elas são grandes, lindas, mas os pães não são grande coisa. O da Sagres é uma afronta ao consumidor. Acho que só vende porque é a única padaria no meio de um mar de prédios. O português dono da Sagres não é bobo e mora no Bairro do Limão, onde tem uma padaria ótima chamada A Lareira. Essa sim, dá até gosto. Por hoje é só.

domingo, 24 de abril de 2011

Estou cansada de morar aqui

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A Pompeia está me cansando. E não são só as ruas sujas e o trânsito.
Os vizinhos barulhentos que fazem e acontecem na certeza de ficarem impunes. Os guardadores de carros. Os pedintes e moradores de rua que não querem ajuda, só querem sujar. Nossas praças viraram antros.

Nosso bairro me fez mais grossa. Não só o bairro, a cidade mesmo. Ontem discuti com um vendedor embrulhão na Sta Ifigênia. Hoje fui sucinta com as testemunhas de jeová que quiseram nos importunar com aquela conversa de sempre. Fico nervosa com pessoas que querem sair pregando, falando com a gente como se não conhecêssemos Deus ou não tivéssemos fé. Não respeitam a religião dos outros. Nos tratam como ateus. Nem sabem de nossas crenças, de nossos hábitos, de nossas vidas. Tocar uma vez ou outra, tudo bem. Toda semana, acho um abuso!

Ontem funcionários da empresa Delta pediram caixinha de Páscoa. Nem são eles que varrem aqui! Eu respondi que conheço os varredores e que não são eles! Aí eles disseram que são da Barão do Bananal. "Então peçam lá!", respondi. Não estou me reconhecendo mais.

Mas foi a cidade que me fez assim. Tem tanta gente sem consideração que dá até nervoso. Idosos que chegam na fila onde vc está há meia hora e querem ser atendidos no mesmo minuto. Eu sei, eles têm prioridade. Mas meia hora esperando, é meia hora, né? Por que eles não podem esperar minha vez e depois irem? Ainda ficam olhando feio...

Falar mal de mendigo, de idoso, de gays ou afins é procurar encrenca. Mas a vida é um pouco diferente do Jornal Nacional. Há situações que nos deixam por baixo! Se um gay me importunar no elevador, não poderei confrontá-lo. Ele pode alegar que estou de preconceito e aí, já viu!

Estou arrependida de vários votos que dei. Votei em vereador que passou dez anos sem ir ao banco. Em deputado que mandou trocar as placas do elevador e acrescentar "gays". Que interessa a prática sexual de cada pessoa? Ainda mais na placa do elevador! É o fim dos tempos...

Essa cidade é uma fábrica de loucos. Quanto mais esquisito você for, mais personalidade vão te atribuir. Eu acho que pertencer a tribos é falta de personalidade. Para a cidade, não pertencer a nenhuma é ser excluído. Aqui em São Paulo você pode ser tudo. Menos uma pessoa normal.

Sem falar nos relacionamentos... A tal da fila não para de girar senha! Uma vez estava "namorando"-> palavra antiga <- e o sujeito veio num domingo a noite me dizer que não queria me ver nunca mais. Eu me fiz de idiota. Há algum tempo eu adoro me fazer de idiota, principalmente diante de fdps. Veja bem, pra que se deslocar de casa para vir dizer na minha cara que não queria me ver NUNCA mais? Que resposta merecia uma pessoa dessas? Ainda bem que não dei resposta alguma. Diante de sádicos o que nos resta é chorar lágrimas de novela mexicana, fazer o quê?

Meu limiar anda baixo. Estou feliz por estar envelhecendo. O que antes deixava para falar depois, falo sem ficar vermelha. Percebo logo quando alguém quer montar e já vou dando resposta rápida. São Paulo nos faz assim, atentos. Venho me transformando num ser humano que não admiro. Mas foi em nome da sobrevivência na selva de pedra.

Estou cansada de morar aqui

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A Pompeia e

Páscoa

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sábado, 23 de abril de 2011

Pastéis de feira

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Ultimamente não venho dando sorte.

Sempre que peço pastel na feira uma parte do recheio vem gelada.

Acho que o óleo é quente demais e doura a casca muito rápido.

Mas é chato pedir pra trocar pastel mordido, mesmo porque até chegar no recheio já comemos boa parte da massa.

Um dilema.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Chocolândia da Fábia

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Hoje fui conhecer. Estranhei um pouco porque está instalada no lugar do shopping multistock e o perfil do espaço mudou bastante. Ficou melhor, porque dá pra estacionar mas é mais um supermercado.

Supermercados me tonteiam. Não sei se as embalagens estão muito coloridas ou se os corredores estão cheios de variedades. Fico com a pressão baixa. O Pão de Açúcar é louco para encher os corredores de produtos, aí ou passa a gente ou o carrinho. Nossa, isso me irrita. Fica mais estreito do que a Sumirê.

Os preços dos chocolates até que estavam bons. Gosto daquelas caixas de chocolate. Saem com preço bom e dá pra escolher algum bem gostoso.

Mas bom mesmo é comprar na Di Siena da João Ramalho. Um ovo ao leite tá trinta e oito reais com 900 gramas. Mas tem que ser lá, porque o mesmo ovo na Di Siena do Bourbon sai por sessenta. Aí não compensa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Que cheirinho é esse?

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Hoje estava andando aqui na rua e senti um cheiro de fumaça punk. Olhei por trás do muro e descobri que n

Que cheirinho é esse?

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Hoje estava andando aqui na rua e senti um cheiro de fumaça punk. Olhei por trás do muro e descobri que nossa rua ganhou nada menos que uma tabacaria.

Tinha gente fumando charutos fedidos e pitando outras fumaças mais.

Pobres vizinhos! Mas eu nem posso falar nada, pois minha família lá na Itália era de uma cidadezinha do interior e o nonno do meu nonno era o dono da Tabacaria da cidade.

Agora, que esses cigarros de hoje fedem mais do que os de antigamente, ninguém nega. Devem ser os tais pitos paraguaios.

Reciclável

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Idosos

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O mundo moderno vem excluindo os idosos cada vez mais. Muitos ainda não aprenderam a manejar celulares, caixas eletrônicos e até mesmo a TV a cabo, quando aparece algum problema.
Todo tipo de aparato é complicado aos olhos deles, que atualmente não conseguem entender metade das coisas que falam na TV. Eu mesma às vezes me perco nas promoções de telefonia, nos mais novos aparatos de comunicação, bluetooths e outros recursos mais.

Essa exclusão, somada à aposentadoria e à violência, que os faz ficar cada vez mais em casa, desencadeia a depressão. A maior parte deles para de dirigir - e o trânsito de São Paulo desencoraja mesmo. Outro dia estava reparando em meus vizinhos e a maioria deles está doente.

Seria preciso pensar neles um pouco além dos sistemas de saúde (que são uma droga!) e do transporte público. Deveríamos pensar em incluí-los na sociedade de verdade, inventando aparelhos celulares que eles conseguissem usar, caixas eletrônicos mais simples e linguagens tecnológicas menos americanizadas.

O mundo moderno está falando outra língua e esqueceu de criar mecanismos para que os idosos consigam entendê-la.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lá no Bourbon, sentada nas cadeiras que dão vista pra Água Branca...

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...fiquei pensando em como tudo está mudando: De lá pode-se avistar o fim da quadra da Águia de Ouro, a preparação das obras do condomínio Casa das Caldeiras, o matagal com os dias contados da operação urbana e o trânsito de carros que não para de ir e vir no viaduto.Também se avista um imenso céu, o bairro do Limão e a cidade passando.

Não tenho escrito nada aqui pois ando mais chata que festa de criança. Ainda não consigo entender porque a Prefeitura quer inaugurar mais serviços sendo que não dá conta nem da cidade que já está em pé. É como um pai que acha que só vai conseguir cuidar de um filho se tiver outros. Uma lógica que ainda não dominei. $¬$
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terça-feira, 19 de abril de 2011

O armário mágico

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Dica para o final de semana: Ir ao teatro Cacilda Becker sábado ou domingo às 16 horas para assistir "O armário mágico", que é uma peça infantil muito bacana, cheia de criatividade e bons sentimentos. Eu assisti, adorei e não vou contar nada sobre a história, para não perder a graça. Nesse final de semana adultos também pagam só R$ 5,00. Amei.

sábado, 16 de abril de 2011

Escravidão em 2011?

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Depois da proibição das placas, uma alternativa foi inventada pelas construtoras:

Contratar pessoas para segurarem as mesmas nas esquinas, fazendo a vez do poste.

Com esse calor que está fazendo hoje, imagino o que seja passar o dia todo segurando esse guarda-sol, sem sair do lugar.

Isso é de manhã até as cinco horas, quando passa o carro que os leva até o metrô.

Creio que essa atividade infrinja a lei do trabalho e até a lei do trânsito, pois essas pessoas correm o risco de serem atingidas por algum automóvel.

Absurdo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O vovô mal educado do sacolão da Caio Gracco

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O sacolão da Caio Gracco conta com manobristas, dois pequenos estacionamentos e dois guardadores de rua.

Um deles, um rapaz especial, é muito educado e solícito.

O outro, um senhor que costuma ficar lá perto da Pet Shop, do outro lado da rua, quer cobrar pra estacionar mesmo quando a gente não desce do carro.

Outro dia fui levar minha mãe para comprar uvas e ela não encontrou. Eu fiquei dentro do carro, ela voltou em cinco minutos e na hora que eu dei a partida ele começou a berrar falando que eu estava "saindo sem pagar".

Qual o nome disso? Extorsão? Nem sei que nome dar a essa situação de opressão, totalmente fora da lei! E ele protegido pela sua condição de idoso, leva a melhor! Sinceramente, fico doida quando aparecem uns caras assim que querem cobrar pra gente estacionar o carro no nosso bairro, na nossa rua. Detesto isso na cidade toda, mas especialmente aqui.

Mais uma reclamação. Estou chata. Pra variar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Crianças pela Pompeia a noite no farol

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Hoje a noite encontrei uma criança de no máximo 5 anos de idade pedindo dinheiro na esquina da Cel Melo de Oliveira com Avenida Pompeia. Perguntei onde estava a mãe dela, e ela me disse que estava na calçada. Eu pedi pra ela dizer pra mãe dela que eu ia chamar uma mulher pra conversar com ela, porque ela não poderia estar ali a noite, no meio daquele trânsito pedindo dinheiro entre os carros.

Juro por Deus, a menina era bem mais baixa do que o vidro do carro. Não me conformo como nesse país o trabalho infantil é crime e a utilização de crianças para esse tipo de prática é permitida de forma descarada.

Virei na Avenida e tinha outra menina em frente à igreja, lá pelos seus oito anos de idade.

Tantos carros, tanto trânsito e ninguém parou para dar um jeito naquelas mães. Nem eu. Nossa cidade é mesmo "triste"...

Conjunto Baby Barioni será fechado para reforma

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Recebi resposta do ouvidor do Estado, e transcrevo a seguir:

INFORMAMOS QUE O CONJUNTO FOI INTERDITADO PELAS CONDIÇÕES RUINS QUE APRESENTAVAM AMBIENTES DO LOCAL E OUTROS AGUARDANDO AUTORIAZAÇÃO PARA PODER FUNCIONAR. O CONJUNTO TAMBÉM AGUARDA FUTURA REFORMA DE SUA INFRAESTRUTURA.


PARA MAIORES INFORMAÇÕES A SENHORA TAMBÉM PODE ENTRAR EM CONTATO COM A ADMINISTRAÇÃO DO CONJUNTO, SEGUE TELEFONE DE CONTATO: 11 3673-5133/ 3864-1810

ATENCIOSAMENTE,

FELIPE MARQUI
OUVIDOR

terça-feira, 12 de abril de 2011

O que mais agradou no site

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Há um tempinho cheguei a falar que o formato do blog não estava mais me agradando. Como sofro do mal chamado "excesso de sinceridade" posso acabar escrevendo algo que prejudique ou exponha alguém, como já fui alertada por um comentário na época da Arena do Palmeiras.

E a pessoa tinha mesmo razão. Primeiro fiquei ofendida, é claro. Mas estava passando por uma fase tão crítica com os meus vizinhos (tanto que logo depois até dengue peguei), que precisava encontrar uma forma de desabafar. E essa forma foi o blog. Aí depois refleti sobre o comentário e decidi tirar os vídeos que poderiam causar desconforto a alguém.

Mas mantive outras postagens que podem até ser ofensivas, e às vezes fico preocupada. Como por exemplo: Quando falo sobre os moradores de rua, noto que muitas pessoas se ofendem, e as respeito. Eu também, logo depois que escrevo algo sobre eles me arrependo. Pois não deixa de ser uma covardia querer julgar uma pessoa em tão delicada situação. Mas hoje, novamente um morador de rua ganha as manchetes com atitude agressiva. Infelizmente os moradores de rua têm perfis distintos por isso mesmo a solução para ajudá-los é tão complexa.

Os centros de convivência acabaram sendo locais onde as necessidades básicas são supridas mas as pessoas que moram em volta desses centros sofrem barbaridade. E são pagadoras de impostos como nós, que não ganhamos nenhum centro de convivência por perto. O morador que fica aqui na esquina já me falou que odeia disciplina, prefere correr o risco de ser agredido novamente a ter que sair do local onde escolheu para morar. Só que ele acumula montanhas de lixo nas bocas de bueiro e agora nessa região, que virou ponto viciado, há enchentes como nunca vistas. Inclusive lá se abriu o famoso buraco da Ribeiro de Barros e as casas podem ser engolidas. Foi culpa do morador de rua? A resposta que tenho a dar é: TAMBÉM!

O outro mendigo que vive na praça incendiou a seringueira. Estava esquentando a marmita e acabou provocando um incêndio que queimou várias partes das raízes. Uma seringueira de toneladas que logo logo pode vir abaixo. Crime ambiental? A resposta que tenho a dar é: POR QUE NÃO?

A Alfonso Bovero está virando um antro: Mães espalham filhos inocentes pelas calçadas imundas de cocô e xixi e pedem moedas. São dignas de serem alvo do conselho tutelar? A resposta é SIM!

Enfim, mas não era sobre isso que queria falar. Hoje descobri que minha postagem que mais fez sucesso foi aquela onde disponibilizei PLACAS EDUCATIVAS. E fiquei feliz ao saber disso pois realmente adoro ler placas. Fico intrigada com elas. E acho super úteis em qualquer parte. É uma forma de comunicação muito bacana, que fala em silêncio aquilo que a gente pensa e não pode ficar falando o tempo todo. E o mais legal é que muitas vezes são bem humoradas e bonitas.

Então talvez tenha visto uma luz para redirecionar o blog: Imagens educativas são mais diretas do que milhares de bla bla blás. Quem tiver imagens e quiser disponibilizar, agradeço.

Ela caiu sem chuva nem vento

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Hoje a noite, em pleno horário de rush, nossa querida árvore simplesmente morreu.
Esperou um exato instante em que ninguém estava passando nem nas calçadas nem na rua e caiu, carregando fios e deixando nosso quarteirão todo no escuro.
Foi generosa até no último instante.
Não resistiu à falta de cuidados, aos cupins, ao lixo jogado em seus pés.
Não resistiu à enchente oriunda daquela viela que sempre mostro aqui. Suas raízes devem ter ficado úmidas e nunca mais secaram, pois o cimento da calçada não permitiu.
Os vizinhos ficaram à sua volta durante horas enquanto seus galhos eram cortados e desenroscados dos postes. Pela primeira vez conversamos com várias pessoas dos prédios.
Muita gente do prédio que não conseguiu entrar de carro andou a pé pela rua (talvez pela primeira vez desde que se mudaram).
Conversamos, demos risada, vimos o subprefeito Carlos Fernandes chegar, examinar a árvore pessoalmente e dar os comandos para que a equipe da Prefeitura e da Eletropaulo unissem forças para removê-la do meio da rua.
Enquanto isso houve um acidente de trânsito. A CET chegou e não sinalizou o local corretamente, obrigando muitos veículos a se perderem pela Vila Anglo.
O isolamento ficou por conta dos funcionários dos prédios.
Enfim, trocamos ideias, observamos que pouca gente dos edifícios sai na varanda até mesmo numa hora como essa.
Soubemos direitinho o endereço do goleiro Rogério Ceni e certas atitudes que ele andou tendo no trânsito por aqui.
Também soubemos que seremos vizinhos da Daiane dos Santos e do preparador físico do Palmeiras.
Enfim, fizemos fofocas e amizade. Pena que foi por uma causa ruim.
Como conselheiras de metas entregamos à Prefeitura a sugestão de terceirizarem o serviço temporariamente, até que a demanda de árvores na fila de cuidados seja suprida.
Essa foi a terceira árvore que perdemos aqui no quarteirão só nesse ano.
Aos poucos nossa rua vai perdendo o cor-de-rosa. Por culpa da corrupção e dos porcalhões.

domingo, 10 de abril de 2011

Arte na cidade

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Uma cidade com tantas ruas poderia abrigar mais manifestações artísticas. Não aquelas onde meia dúzia de pichadores borram paredes carcomidas mas sim artes bem elaboradas, feitas com cuidado e rebuscamento, como essas nos bueiros, por exemplo.

Eu sei, nem só os rococós são dignos de aplausos. Há muitas pichações simples e incríveis, como aquelas que disparam frases de efeito como "Mais amor, por favor". Mas gostaria muito que as artes de bom gosto ganhassem as ruas, na arquitetura ou em outras manifestações visuais que poderiam inclusive contribuir para o desenvolvimento do amor pela cidade. Sem falar que poderiam colaborar para que o paulistano parasse para olhar mais pro lado, diminuísse o ritmo e consequentemente se estressasse menos.

Imaginem uma cidade onde cada casa tivesse alguma preocupação com a estética: Ou montando um mosaico de azulejos portugueses, ou montando um cenário charmoso de anões de jardins, ou o que fosse. Uma coisa que eu acho bacana são as empresas que têm a parede branca mas que contam com luzes coloridas, que quando projetadas a noite as colorem com cores diferentes. Imaginem Sampa, com tantas ruas, quanta coisa bacana não poderia nascer...

Infelizmente vejo que o mundo das artes é como o mundo da medicina natural: Um monte de picaretas se autodenominam artistas ou terapeutas e acabam maculando áreas fantásticas onde apenas alguns privilegiados são capazes de militar com êxito. Preconceito? Talvez. Uma vez que arte é mais sentir do que julgar, posso estar falando bobagens. Mas quando percebo que sinto mais raiva do que outra coisa, não há sensibilidade que se sustente. É nóis.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Big Mac, guerra de soja e outros pecados mais

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Depois que entrei na faculdade, descobri que minha profissão era encantadora e entediante. Então me formei e saí pelo mundo buscando assuntos interessantes onde eu pudesse me realizar.

Fiz traduções, fiz comida, fiz contas. Andei por aí, me senti grande coisa, me senti pouca coisa. Fiz de tudo e também fiz nada. Passei muito tempo arrumando a casa, pensando na vida, cuidando da família e nessas idas e vindas passei a conviver com todo tipo de gente, o que me trouxe muita humildade mas também uma carga de cultura inútil da qual preciso me livrar.

Descobri que por mais que alguém seja especialista sempre tem um outro querendo desmoralizá-lo. E geralmente os boçais se dão muito bem na vida, pois acabam fazendo amizade com os espertos. Boçais e espertos formam quadrilhas imbatíveis. Estudiosos e honestos muitas vezes dão em pessoas reclamonas, que trabalham para mudar e manter o mundo mas que no fundo não se permitem deslizar plenamente pela felicidade como aqueles que não se preocupam com consumo consciente ou assuntos do gênero.

Já tive vergonha ao andar pelo shopping, considerando aquele lugar uma grande ratoeira de inocentes. Já comi o segundo sanduíche escondida, triste por saber que do outro lado do vidro tinha gente pedindo moeda no farol. Já fiquei orgulhosa por usar um sapato até acabar e envergonhada por carregar sacolas plásticas no meio da rua.

Mergulhei em estudos econômicos e escrevi material educativo infantil orientando os pequeninos a não caírem em golpes ou arapucas de espertalhões. Convivi com psicólogos e economistas que pensam o tempo todo em convencer as pessoas a não levarem vidas dispendiosas, mas vejo que eles não seguem a cartilha que escrevem, viajando desnecessariamente, deslizando seus carrões pra cá e pra lá e comprando livros que acabam com pobres árvores floridas, sendo que os mesmos empilham linhas e linhas de bobagens que daqui a um mês estarão superadas por alguma nova pesquisa de outro instituto qualquer.

Atualmente sinto vontade de ser feliz. Mesmo que para isso precise comer dois Big Macs da promoção. Mesmo que para isso precise ter uns sapatos da moda guardados para aquele momento especial. Às vezes sinto vontade de fumar cigarros. Paro e fico fumando mentalmente, até a vontade passar. Fico pensando em devorar um bifão na frente de um ambientalista. Adoro carne. Somos carnívoros, mas tem aqueles que insistem em nos convencer do contrário. São os mesmos que preferem ver paralíticos ao invés de sacrificar cobaias de laboratório.

Sinto vontade de andar pelas ruas sem reparar nos buracos ou nos sacos de lixo. Passar dias e dias sem varrer as folhas da calçada, já que mais cedo ou mais tarde a chuva ou o vento tratarão de carregá-las pra longe. Sinto vontade de esquecer toneladas de bobagens e neuras que adquiri estudando demais.

Quando era pequena costumava participar de guerras de soja, patrocinadas pela merenda escolar. A escola ficava toda dourada com as bolinhas torradas. Um desperdício, é bem verdade. Mas não deixava de ser um momento feliz entre a criançada, pois enquanto atirávamos a comida uns nos outros dividíamos o mais puro e profundo sentimento de confraternização.

Novidade

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Dia 14 vai abrir uma loja Marisa no Shopping West Plaza.

Mais uma opção para quem, como eu, não gosta de lojas onde os vendedores ficam perseguindo a gente.

O Bourbon ameaçou mas não tirou a vez do West Plaza, pois todo mundo que eu conheço tem sempre aquele "quezinho" de vontade de fazer compras rápidas num lugar mais simples que tem uma praça ao ar livre pra tomar um café e se sentar.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Conjunto Desportivo Baby Barioni está fechando?

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Acabo de ler uma notícia extra-oficial de que o DEFE (é assim que chamávamos o Baby Barioni) está encerrando suas atividades e sendo desativado.
Liguei lá correndo e ninguém atendeu o telefone.
Será verdade isso? Se for, que perda, que lástima!
Será possível ainda fazer alguma coisa pelo conjunto desportivo mais antigo de nossa região? Quem souber de algo, por favor entre em contato.

Registro: 2963

De: ODAIR DE OLIVEIRA
Para: REDAÇÃO DESTE JORNAL.. (Jornal da Gente- seção "Bronca da Gente")
Data: 7/4/2011 11:14:48



Sua bronca:


..ontem a noitinha, fomos praticar nossa semanal "pelada",nas quadras do "BABY BARIONI"tradicional espaço que fica na RUA GERMAINE BOUCHARD,e para nossa surpresa, fomos informados que estava fechado e que eles estavam encerrando as atividades, e que o local todo esta sendo desativado.Sera que este jornal tem como nos dar noticias a respeito do ocorrido ? agradecemos

http://www.selt.sp.gov.br/baby/index.html

Antes de assumir minha nomeação como funcionária pública da Prefeitura, pedi para trabalhar na OUVIDORIA

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E a funcionária pública que estava me atendendo no processo de admissão olhou no fundo dos meus olhos e me disse: "Não faz isso, não!"

Eu insisti, pois tinha certeza do que queria: Já tinha comprado um livro super legal sobre o assunto e me preparado meio que "profissionalmente" para dar uma de Policarpo Quaresma querendo ajudar a humanidade em nome do patriotismo.

Ela novamente me disse: "Pelo amor de Deus, não vá pra ouvidoria não! Lá é um lugar horrível, você vai ficar louca! Meu filho trabalha lá e está sempre de licença médica!" O telefone toca o dia todo, do outro lado gente uma mais estressada que a outra. Tem que trabalhar as oito horas e não tem esquema como nos postos. E outra, os médicos que tomam conta desse setor ouvem as reclamações e quase nunca tomam providências. É enxugar gelo! Se ainda adiantasse alguma coisa, tudo bem. Mas não! É só pra se estressar!"

Diante de testemunho tão enfático, não fui pra ouvidoria. Também não fiquei na Prefeitura, pois lá tem muita gente insatisfeita com o próprio trabalho. Muita gente ganhando um dinheirão sem fazer nada, enquanto outros que fazem muito ganham um dinheirinho. É de se entender que dê raiva. E dá mesmo. Eu não aguentei e fui embora, e tenho até medo de voltar.

Lembrei de escrever isso assistindo ao que aconteceu no Rio na escola atingida pelo atirador. No primeiro dia em que comecei a trabalhar na Prefeitura (posto de saúde), só me apresentei verbalmente, disse que estava com os documentos e que iria entregá-los assim que tivesse certeza que continuaria ali. E passei dois dias inteiros trabalhando, tendo acesso a fichas, a protocolos, exames e outros documentos muito pessoais sem sequer me identificar formalmente.

Talvez por isso as pessoas saibam que vão entrar nos espaços públicos e circular livremente, como fez esse atirador. Também estudei em escola pública e lá entrava qualquer pessoa, pois os portões ficavam abertos direto. Não que eu não ache certo os portões ficarem abertos. Eu acho. Mas aqui, com tanto traficante e maluco, não dá! Os hospitais são outros exemplos de descontrole total. Até mesmo o Einstein, onde eu zanzei pelos elevadores sem medo de ser feliz enquanto minha irmã visitava um doente. Passeei pelo elevador panorâmico, admirei o estádio do Morumbi, paquerei, fui à lanchonete e ninguém me interpelou.

E quanto à Prefeitura, quando eu pedi para mudar de área, não deixou. E hoje está novamente com déficit de funcionários, abrindo concurso de emergência para suprir a carência de vagas que ficam "vagas" porque trabalhar na área da saúde na Prefeitura é um saco! É um monte de gente que trabalha e reclama, uma grande quantidade de trabalho e, pra maioria das pessoas, um salário bem mixuruca.

A gente reclama aqui dos serviços públicos, mas é duro trabalhar pra uma Prefeitura que pouco vê os munícipes, mas que vê menos ainda os próprios funcionários. Tem os vagabundos, claro. Mas tem também os burros de carga que carregam a cidade nas costas. É caso pra se pensar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Operação Urbana Água Branca

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Ontem me deparei com uma obra na região da Água Branca, ali perto do Colégio das Américas, naquelas ruas onde só há casarões maravilhosos que hoje infelizmente servem para abrigar empresas. A construtora Exto já anuncia lançamento, após ter derrubado meio quarteirão de casarões históricos. Fiquei triste. pensava que ali havia lei de zoneamento e que essa barbaridade fosse proibida.

Aproveito para deixar aqui o que não pude dizer na reunião ao responsável pela Secretaria de Habitação: Se o principal argumento da Operação Urbana Água Branca é o adensamento da região, por que não pensar primeiro em suprir as necessidades básicas de nossa população, que atualmente não consegue ser atendida sequer na poda de uma árvore? Por que não pensar em manter fiscais para conquistar o básico da higiene em nossas ruas e avenidas? Por que não pensar em sanar nosso caos urbano em meses de chuva? Quem define nossas prioridades?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Caros vizinhos da zona oeste:

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Ontem nossa conselheira titular Cleide Coutinho teve a honra de ser elogiada publicamente pela Vice-Prefeita Alda Marco Antonio  e também recebeu congratulações pessoais via telefone do Presidente do Conselho, além de outros contatos de representantes políticos e de associações de classe e empresariais.

Agradecemos o voto de confiança que nos foi dado na eleição do Conselho Consultivo do Programa de Metas da Prefeitura de SP. Na reunião do dia 31/03/2011 tabulamos todas as sugestões, nossos estudos embasados nas audiências públicas e reuniões regionais e entregamos aos responsáveis diretos pelo desenvolvimento de nossa cidade. http://www.agenda2012.com.br/noticias/478/Integrantes-do-Conselho-Consultivo--recebem-relatorio-anual-de-2010-do-Programa-de-Metas


Esse texto, escrevo por mim, Fernanda Rodrigues, conselheira suplente (mas nunca "ausente"):

Como é de conhecimento dos núcleos de ação local do Sumaré, Vila Romana, Lapa de Baixo, Pacaembu, Jardins, Butantã, Pinheiros e Itaim, onde participamos de várias reuniões para dividir o material que nos foi entregue na primeira reunião do Conselho, procuramos levar até a Prefeitura os assuntos urgentes e merecedores de atenção especial. Participamos a todos que fomos e estamos sendo ouvidas em reuniões oficiais e extra-oficiais, tanto entre os membros do conselho representantes da sociedade civil, como pelos representantes do poder público.

Todos os membros do conselho estão cientes de suas respectivas responsabilidades, tanto no gerenciamento das metas regionais como gerais, mas de qualquer forma agradecemos aos membros da imprensa, que, por escrito quiseram nos alertar sobre nossas obrigações, questionando roteiros de trabalho, idoneidade, inteligência, disponibilidades, caráter e competências. O que tenho a dizer a eles é que conhecemos o site, não utilizamos apenas ele para o gerenciamento das metas, não pensamos apenas nas metas isoladamente, podemos ser reconduzidas ao Conselho na próxima gestão e como é a primeira vez que um conselho de metas é formado em nossa cidade, cabe a nós estudarmos seu curso, suas competências e utilidades para que na próxima gestão a cidade se beneficie dele ainda mais.

Talvez alguns da imprensa meçam os outros pela própria régua, pois pude presenciar na audiência pública da Operação Urbana Água Branca nosso representante de imprensa conversar no saguão o tempo todo, sem nem sequer ouvir os munícipes e autoridades que se pronunciavam no auditório. Talvez já tivesse ido até lá com o texto pronto, quem sabe. Testemunhei que não tinha interesse em ouvir os discursos. Talvez por isso queira ensinar aos conselheiros suas competências. Novamente o equívoco de medir os outros pelo próprio metro. Para mim, antes da cidadania vem a educação. Alguém que só fala em cidadania mas se esquece da boa educação (não aquela que vem da escola), precisa se remodelar. Isso é questão de berço. Ou não.

O poder de um conselheiro é restrito, mas dentro de nossas possibilidades estamos procurando fazer o máximo para que nossa região conquiste os recursos necessários e que eles sejam empregados da melhor forma possível, para que nossa cidade assuma cada vez mais a grandeza que merece. É um processo lento. Cobrar soluções rápidas e mágicas é para quem não conhece o processo. É preciso estudar mais, conhecer os trâmites da burocracia, os entraves do ranço do funcionalismo público. O jogo de interesses. (Sobre o jogo de interesses não preciso ensinar a imprensa. Sobre esse assunto eles têm mais a ensinar e eu a aprender.)

Nossa região oeste abriga os três maiores estádios, a maior parte dos grandes shoppings, o maior complexo universitário da América Latina, um dos maiores terminais rodoviários. Conta com o Hospital das Clínicas, o centro turístico de compras de luxo, o maior centro de distribuição de alimentos do Brasil. Temos orgulho de morar aqui e esperamos que a imprensa que tanto alega amar nossa região também venha nos ajudar com ideias, além da intenção de nos sabatinar e duvidar de nossas capacidades e idoneidades. Sabatinas lembram castigos, e é difícil acreditar que alguém que queira o bem do bairro possa pensar em punir pessoas que trabalham por melhorias.

Somos voluntárias. Com orgulho. Não temos obrigação de cumprir horários, nem devemos favores a anunciantes ou empresários. Lembramos que a zona oeste não é apenas a Sub Lapa. Amamos nossa cidade acima de tudo. Amamos o centro da cidade. O Itaim (que para o conselho está situado na zona oeste). Itaquera, Congonhas, o Tucuruvi. Por sermos representantes da zona oeste não deixamos de nos interessar pelo resto da cidade, pois uma cidade é um conjunto de bairros, hábitos, histórias. A cidade se mistura o tempo todo. Estamos interessadas em toda a cidade, que é imensa, mas que nem por isso nos intimida. As boas ideias valem para a cidade toda. Tanto as que partem daqui como as que partem das zonas leste, sul, norte ou central. Tivemos a oportunidade de conhecer os representantes de outras regiões e temos tido a humildade de aprender muito com eles, pois além das reclamações, conhecem o caminho das soluções.

Fomos eleitas por voto direto, e as pessoas que confiaram em nós tiveram motivos para tanto. Nossa competência e responsabilidade foram endossadas nas urnas. Infelizmente algumas pessoas da imprensa preferem continuar apontando os problemas e não se dispõem a trazer soluções. Digo isso com propriedade, pois tive minha casa atingida por uma árvore, virei capa do Jornal da Gente sem que me pedissem autorização para divulgar a imagem da casa (o que poderia ter me trazido mais prejuízo e perda de clientes) e nenhum deles veio saber se alguém estava ferido na ocasião, nem veio acompanhar o desfecho do sinistro posteriormente.

Como representantes legítimas que somos temos autonomia para votar representando toda a comunidade. Temos autonomia para estudar os problemas da maneira que quisermos. Não temos a intenção de usar nossa região como instrumento de discórdia. Repugnamos quem usa os problemas da cidade para fomentar intrigas, deixando seu desenvolvimento em último plano. A eleição foi divulgada publicamente, candidatou-se quem quis, ganhou quem teve mais votos. Atualmente nos reportamos aos que trabalham seriamente pela região e à Secretaria de Planejamento.

A reunião foi divulgada no site da Prefeitura, onde pode-se obter maiores informações e quem quiser colaborar também pode enviar ideias sobre as metas ou sobre qualquer assunto que achar conveniente:

domingo, 3 de abril de 2011

Conselho de Metas da Prefeitura de São Paulo, um trabalho muito além das metas

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Dia 31 tivemos nossa segunda reunião oficial, a terceira entre todos os representantes mas a enésima desde que nos elegemos conselheiras. Muito antes da posse nosso trabalho percorreu todos os Consegs da região oeste, várias reuniões de grupos de ação local como Pacaembu, Sumaré, Jardins e Pinheiros, Butantã e Leopoldina, onde fomos recolhendo informações de todo tipo, nos apresentando e conhecendo os conselheiros do meio ambiente, saúde e segurança, para que o trabalho no Conselho de Metas fosse muito além do protocolo ou figuração.

Nessa reunião mostramos aos secretários, vereadores e representantes empresariais que o Conselho de Metas pode trabalhar a favor da cidade nessa gestão e na próxima, pois não estamos lá apenas para checar o dia da inauguração da obra ou a veracidade das informações contidas no site.

Nessa semana estivemos lá para ajudar a Prefeitura a readequar as metas em andamento às nossas necessidades e também sugerimos ações concretas para ajudar a resolver problemas de vagas em creches, trânsito, coleta seletiva, pavimentação urbana entre outras sugestões e estudos oriundos de nossos conhecimentos e dos outros conselheiros da região da Sub Lapa, Pinheiros e Butantã.

Tivemos o orgulho de apresentar extenso trabalho documentado em dezenas de páginas, cuidadosamente preparadas durante meses, considerando TODAS as metas que atingem nossa região e também as genéricas, que podem contribuir para que a cidade cresça e seja aquela em que queremos morar.

Não temos ferramentas que nos permitem gerenciar de perto muitas das metas. Esse mapeamento inclusive foi uma das primeiras solicitações da conselheira titular. Mas temos um bom conhecimento sobre a região, sobre a cidade, a interação entre os objetivos e o quanto uma meta pode inteferir em outra. Falamos sobre prioridades.

Nosso trabalho é bem feito e foi extremamente elogiado por quem interessa. Temos orgulho de ter uma grande conselheira, e eu tive o prazer de presenciar uma reunião inesquecível, onde uma mulher de coragem chamada Cleide Coutinho desafiou frente a frente homens poderosos, mostrando a eles que sua nomeação no Conselho de Metas está muito longe de ser figurativa, pois ela tem conhecimento, coragem, interesse, amor pela região e principalmente SABE O QUE FALA.

Depois da reunião, onde ela foi a estrela principal, alguns integrantes do Conselho trocaram cartões comigo querendo saber mais sobre nossa região, conversar conosco e ter acesso ao relatório entregue por ela. Diga-se de passagem, ela foi a única conselheira que fez esse trabalho. Tenho orgulho de ser suplente dela, e também tenho medo, pois isso me traz grande responsabilidade, pois sei que para acompanhá-la tenho que trabalhar e ter muita coragem nas reuniões, pois representá-la não é para qualquer um.

É muito fácil ficar atrás do computador e escrever os problemas, fotografá-los, inventar ideias, recolhê-las. Demora um tempo, custa dinheiro, dá um pouco de trabalho... Mas pegar o microfone e dizer diante de um Conselho VIP o que PRECISA SER DITO, mesmo que desarrume a ordem da reunião, é para quem tem o poder da oratória e muita audácia. A Cleide despertou a ira de alguns, mas como estávamos diante de homens inteligentes, nossa conselheira encantou a TODOS, incluindo os que foram atingidos pelas considerações mais ríspidas.

O que propusemos nessa reunião foi o trabalho além das metas, analisando não só o andamento das obras, mas sim o reflexo que cada uma pode ter sobre a outra, inclusive engajando as outras regiões nessa sinergia, para que soluções economicamente viáveis possam ser propostas com qualidade e eficiência. A Cleide apontou os problemas, mas também levou soluções.

Essa reunião foi um dos dias mais felizes de minha vida. O que a Cleide fez ali eu chamaria de ousadia. Imprudência. Desafiar pessoas poderosas, olhando nos olhos, com tanta propriedade e elegância, não é pra qualquer um. A Cleide trabalhou em todos os requisitos propostos pelo Conselho: Regimento, estudos, sugestões, engajamento de outros profissionais. Tudo.

Ainda bem que eu concorri com ela e ela ganhou. Foi sorte eu ser suplente, para poder ser testemunha daquele momento único, onde uma pessoa honesta e corajosa representou nossa região com muito amor e preparo. A Cleide naquela tarde ganhou meu eterno respeito. Não só o meu como o dos políticos e empresários da sala, que encantados foram cumprimentá-la e parabenizá-la pelo trabalho, ao final da reunião.

(Obs: Quando houve a eleição para o conselho, não lembro de ter concorrido com nenhum membro da imprensa local. Talvez por o cargo não ser remunerado, interesse a poucas pessoas. Também gosto de criticar, mas concorri para entregar as sugestões nas mãos de quem tem poder de mudar a cidade, e não apenas continuar tecendo críticas em grande escala, patrocinadas por anúncios que colaboram para a verticalização. Caso um dia venha a ser representada por alguém da imprensa, torcerei para que faça um bom trabalho, pois meu interesse é morar em um lugar organizado e pacífico, independente de quem estiver lutando pelos meus interesses. Amor pela cidade é isso. Apoiar quem quer fazer algo por si e por todos. Não tem muito segredo.)

Acompanhe as obras da Arena Palestra ao vivo

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Também serve pra ver se a Turiassú está congestionada. Achei interessante:


Watch live streaming video from novopalestra at livestream.com

Mais prédio? A Lapa está literalmente "esgotada"

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Nessa semana não tive tempo, mas tive muita vontade de tirar uma foto desse tapume perto da 7a. Delegacia. Nem precisou, pois saiu na Folha:


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/897586-limite-de-espaco-para-novos-predios-encarece-a-lapa-em-sp.shtml