Estar com eles é um jeito diferente de estudar português, fazer amigos, aprender mais sobre a cidade (e se encantar por ela). Exercitar a criatividade, aguçar a cidadania e atiçar os questionamentos. Fazer poesia com eles fala direto ao coração.
Como hoje bem disse o grande poeta Paulo D'Auria (para mim o melhor autor da atualidade, pois além de brilhante, tece textos de todos os gêneros): "Já que São Paulo é tantas, por que não cidade do interior?". E é assim que me sinto nessa metrópole quando estou com eles: Conversando com o interior do interior de meu interior.
Hoje, ao final de nosso encontro onde o tema foi Mário de Andrade, a sugestão foi a produção de uma poesia. Essa foi a minha:
São Paulo
de tantos nomes
Alguém chama
outro responde
outro responde
O que falou
nem te olha
Bandeirante é avenida
estrada ou herói?
(que interessa)
Se o que passa
só pensa em chegar
lá longe
E quando chega
já está na hora
de voltar
de voltar
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