Teatro Cacilda Becker
Postado por
Dr. Passatempo
|
às
19:53
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Conselho de Metas
A reforma do Teatro Cacilda Becker foi uma das conquistas da Vila Romana no Plano de Metas da Agenda 2012. Alguns milhões foram investidos nessa obra que foi uma das primeiras a serem concluídas.
No site de monitoramento das metas observamos uma planilha que demonstra as fases e a porcentagem de andamento das metas, e chegamos até a sua conclusão.
O que venho falar hoje é sobre o que é feito do patrimônio público após a conclusão da meta. Como conselheira me vejo no direito de fazer isso, não como crítica, mas sim como auxiliar de planejamento do gerenciamento do patrimônio público.
Desde que o Teatro foi entregue tenho tido a oportunidade de acompanhar as peças aqui exibidas, principalmente as infantis que de lá pra cá assisti a quase todas.
O que vi nesses meses foram peças muito, mas muito ruins (com raras exceções). Em uma delas a artista pisou nas poltronas. Quase quebrou dois encostos e enquanto pisoteava as cadeiras dizia "não contem pro administrador desse teatro que estou fazendo isso, por favor!". Hoje mesmo assisti a outra que também está longe de atender o mínimo de nossa expectativa de entretenimento.
As peças adultas também são muito ruins. E é uma pena que instalação tão grandiosa seja desperdiçada com peças que não utilizam os recursos do teatro. Se mesmo que não utilizassem cumprissem o papel de entreter e educar já seria ótimo, mas nem isso! E teatro é assim: A pessoa assiste duas peças ruins e passa a odiar. E pra continuar frequentando o Cacilda Becker é preciso ter um limiar de paciência ótimo, senão...
No Sesc os artistas conseguem entreter as crianças contando histórias, com um microfone e um violão. Às vezes não tem um nem outro, mas mesmo assim são ótimos. A mesma coisa no auditório da Livraria Cultura, no Bourbon.
Toda vez que volto do Cacilda eu penso: Mas que desperdício do dinheiro público! Nem preciso dizer que toda vez nem metade da lotação é preenchida. Porque o povo vai desistindo...
E também penso em quantas crianças estão dentro daqueles apartamentos e que poderiam descer pra preencher aquelas cadeiras. O teatro poderia dar lucro! Isso seria o ideal.
Por enquanto o que mais dá é prejuízo financeiro e cultural. Sorte ter aquela oficina de artes que funciona durante a semana. E sorte também cumprir o papel ambiental de preservar ao menos um quarteirão não verticalizado. As paredes ao lado do teatro poderiam abrigar exposições de arte para que as pessoas pudessem visitar durante a semana e também enquanto esperam as peças começarem.
O Teatro Cacilda Becker e suas instalações estão muito mal aproveitados. Essa meta ainda precisa assumir sua função sócio-cultural.
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