Vou contar uma história rapidinha:
Em julho, quando estivemos no Museu do Futebol, passei por um saguão interessante onde vídeos com imagens de diversas torcidas vibrando são exibidos e, como todo mundo que passa por lá, fiquei um bom tempo concentrada naquelas imagens. Aquele local escuro com som de torcida vibrando (ainda mais por estarmos debaixo da arquibancada) nos desperta uma emoção diferente. Só não é mais interessante porque ali há um cheiro de mofo incrível. Inclusive preciso passar essa informação lá na Prefeitura pois certamente o Pacaembu está precisando de uma obra.
Voltando à visita, saindo daquele saguão entramos numa sala cheia de fotografias e ali na porta demos de cara com um funcionário vestindo um abrigo branco onde estava escrito "orientador". Logo atrás de nós entrou um grupo grande de crianças que estavam animadas comentando sobre os vídeos da torcida, alegres, falantes, vibrantes...
Nosso orientador, sentado de onde estava, ficou muito, mas muito bravo com as crianças... Pediu que elas parassem de fazer bagunça, informando que ali não era lugar pra gritos!
- Ôooo pessoal! Vamos parar com essa bagunça aí ó! Aqui não é lugar de berrar!
Ai ai... Será que elas não estava berrando porque o orientador não deveria estar ali, sentado na cadeira pensando na vida e deveria estar na entrada, orientando para entrarem em silêncio? Criaria até um clima mais envolvente, imporia respeito ao local... Mas...
Eu sinto vergonha quando vivencio essas coisas... As crianças, tadinhas, engoliram os gritos e os sorrisos e ficaram meio sem graça. Eu, olhei para o lorde inglês e sorri, e fiquei imaginando como seria tratado pelos superiores se fizesse isso num país organizado.
No uniforme dele deveria estar escrito "repressor". Porque orientador ele não é.
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