Para não dizer que encontrei no lixo, porque estavam super limpos, embalados ou encaixotados, esperando um interessado, a chuva ou o coletor, faço aqui uma lista das coisas que encontrei durante minhas caminhadas a pé:
- Um pisca-pisca com 15 lâmpadas grandes (daquelas que adornam árvores grandes) estilo antigo, onde apenas uma lâmpada estava queimada
- 12 cabides de madeira limpos e íntegros, fortes e maciços, do século passado
- 1 bolsa de couro contendo em seu interior um ótimo guarda-chuva (deve ter sido roubada e atirada ao chão)
- 1 bolsa sintética, mas muito bonita, dentro de uma caçamba, que após ter seu forro costurado, uso até hoje
- 1 curso completo de eletrônica (12 apostilas de um curso por correspondência)
- 1 dicionário médico
- 8 livros de enfermagem
- 1 coleção completa de apostilas do Anglo (essas salvei de pegarem chuva, foi sorte)
- 1 álbum de fotografias do Vampeta e do Edmílson de alguma fã que devia persegui-los e depois jogou fora
- Diplomas de um médico e de uma professora, que certamente faleceram e seus herdeiros ficaram com o apartamento, mas se livraram das lembranças e documentos
- Meia dúzia de sapatinhos infantis, um mais bonitinho que o outro, que foram jogados na porta da minha casa, com livros de português e inglês, alguns potes de plástico entre outros recicláveis perfeitamente utilizáveis.
E que eu me lembre, foi isso. Já achei dinheiro, carteira, cheque, comprovante de pagamento de IPVA. Eu adoro andar olhando o lixo, e uma das coisas que fico sempre querendo pegar é terra, daquelas que os prédios jogam dentro das caçambas. Inclusive aquele vaso anti-dengue que eu montei foi feito com a terra vermelha da obra da Rua Marcelina.
Outro dia, no Caldeirão do Huck, uma senhora humilde disse que a sorte é a gente morar num país onde muita coisa é jogada no lixo. Assim ela ia no fim da feira e conseguia alimentos para sua família, que duravam a semana toda.
Eu estive pensando em montar um serviço assim, onde a gente pudesse cadastrar o que tem em casa e quase não usa para poder emprestar pras pessoas que estão precisando. Acho que seria bom pro meio ambiente e pros nossos bolsos.
Os condomínios poderiam ter uma central de informações desse gênero, onde os livros de cada família montassem uma grande biblioteca pro condomínio. Isso se o ser humano não tivesse tantas neuras. Porque um é apegado, o outro não é organizado e acaba esquecendo de devolver, ou não cuida direitinho... Mas creio que esse tipo de atividade poderia se desenvolver ao longo do tempo com êxito. Porque os espaços estão cada vez menores e a quantidade de produtos que a gente tem necessidade de adquirir vai aumentando... Seria uma boa para que ninguém passasse vontade, sem gastar muito.
Eu mesma tenho tantas bolsas que não uso... Acho uma judiação comprar uma bolsa de festa para usar uma vez só. Certo mesmo seria emprestar.
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