Hoje, pela primeira vez vi o Cemitério do Araçá bem vazio no Dia das Mães.
Talvez pela invasão de "limpadores de túmulos" (adolescentes carentes que interpelam as pessoas durante as visitas e as orações), que por incrível coincidência apareceram no cemitério em bandos. Com certeza devem fazer parte de algum esquema de exploração de menores, pois não haveria tamanha coincidência: Todos mais ou menos com o mesmo perfil social e idades semelhantes. De uma hora para outra apareceram no cemitério em bandos, amedrontando os visitantes. A administração do cemitério nada fez para proteger os adolescentes e os visitantes e finalmente esse ano, no dia de maior movimento do cemitério, houve a debandada dos visitantes.
Minha mãe me falou: "Filha se um dia eu morrer, não venha aqui me visitar sozinha". Nos tempos dela, o cemitério era um lugar de encontro. Ela, que perdeu a mãe aos dezoito anos, passava tardes no cemitério com seus irmãos, visitando a mãe. Agora tem metrô, ônibus, todo mundo tem carro e lá dentro quase ninguém. Sinal dos tempos? Do desamor? Da falta de organização de nossa Prefeitura? E o estatuto da criança, quem respeita? Pena.
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