sexta-feira, 30 de julho de 2010

Você tem remédios sobrando em casa?

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Quem tiver medicamentos que não vai mais utilizar, pode doá-los para a farmácia da Igreja Nsa Sra do Rosário de Pompeia, pois lá dentro há uma sala muito bem organizada, com diversos medicamentos.

A mesma ideia vale para quem precisa das medicações e não pode adquirí-las. Quem sabe não consegue encontrar o medicamento que precisa?

Endereço: Av. Pompéia, 1.250 - Vila Pompéia - São Paulo - SP CEP: 05022-010 Telefone: (55 11) 3862-6727/ 3863-2074

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre placas mal-educadas, multas e fiscalização

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Desde criança tenho medo de fiscais. Tanto no comércio de meu pai e nas inúmeras vezes que reformamos a casa, a Prefeitura sempre fez o papel de vilã em nossas vidas.

- Cuidado com o fiscal!
- Os homens tão chegando!

Os impostos era altos e indignos. Então, a nós, imigrantes da época do "de grão em grão a galinha enche o papo", para pensar em guardar algum dinheiro a necessidade de driblar a fiscalização era imprescindível. Além das cobranças astronômicas, tão grandiosa quanto era a colaboração malandra solicitada pelos fiscais, que encontravam porcas e parafusos fora do lugar a todo momento, só pra levar uma graninha a mais por fora. Sorte dos que tinham conhecidos na Prefeitura. Esses sim, tinham seus alvarás assinados, lustrados, amaciados e beijados. Azar o nosso, que estávamos sempre atrás de um empreiteiro barateiro para conseguir fechar a conta mão-de-obra e material.

Desde que sou criança não vejo a Prefeitura como um órgão que trabalhe a favor do povo. Essa imagem que tenho é arcaica, mas não muito. Tanto que observamos até hoje que as cobranças de impostos sempre chegam em dia, infalivelmente. Já a prestação de serviço falha, e falha muito.

Tenho postagens no blog programadas automaticamente até o fim de agosto. Foram vídeos feitos com a mentalidade que tinha até pouco tempo atrás. Pensava numa forma rígida de fiscalizar, de aconselhar. Talvez uma forma impositiva, já que a irresponsabilidade de muitos é o prejuízo e a desgraça de outros tantos. As enchentes e suas perdas são provas irrefutáveis do que estou falando.

Mas aos poucos fui percebendo que a cidade que quero pra mim não é uma cidade que me persiga, mas sim a que me acolha e me traga felicidade. Caso minha calha esteja fora de prumo, minha calçada tenha um degrau (como dezenas de milhares de outras tantas), que a Prefeitura não me obrigue a consertar correndo, num momento em que não disponho de recursos para isso. A Prefeitura foi permissiva com essa forma de construção, e não é justo que de uma hora para outra todos tenham que modificar tudo correndo, já que a própria cobrança do imposto traz consigo a ideia de aceitação do perfil de minha propriedade.

Com minhas vivências nas reuniões do Conseg, com a leitura do jornal, as conversas entre amigos e a observação do fluxo de pessoas, seus vícios e necessidades, sinto que mudei minha forma de pensar.

Hoje, muito do que disse durante os filmes e também do que escrevi, já não mais faz parte de mim, nem de meus pensamentos. Gostaria de me manter nesse trabalho colocando novas palavras em meu vocabulário, como observação, compreensão e informação. Movimentos silenciosos (como por exemplo enfeitar a porta de casa), despertam a vontade do vizinho enfeitar também. Trafegar por uma rua limpa me faz ter vontade de morar numa rua limpa também. Vi que muita gente já está engajada em todos esses processos. Pessoas competentes, influentes e bem-intencionadas.

Ontem fui ao West Plaza e fiquei observando a linha do trem, os prédios, a vista. Senti intimamente que o desenvolvimento urbano está muito acima de nossas vontades. O progresso não dará trégua nos próximos anos e por mais que tentemos melhorar pequenos detalhes, que logicamente serão de grande importância no final do processo, muito mais poderemos fazer na área da convivência humana.

O tráfego de pessoas é permeado pela sinalização, mas também pela gentileza. A segurança é pautada na altura dos muros e na fortaleza das trancas, mas também no olho do vizinho, na minha atitude amistosa diante dele, na simplicidade ou não de nossos hábitos, que podem gerar ou desmontar expectativas sobre nossos tesouros escondidos.

Não me agrada observar competitividade ou falta de amistosidade entre jornais, associações e vizinhos. Não quero participar disso, nem pretendo utilizar os vídeos para acusar ou denunciar ninguém. Os vídeos foram feitos para exemplificar situações que se repetem milhares de vezes diariamente. A ideia não é a denúncia, mas sim o olhar. Muitas vezes erramos por falta de informação. Mais ou menos como quando pegamos no volante e saimos fechando pessoas sem querer, porque ninguém nos mostrou essa situação pelo ângulo de quem vem atrás. Quantas fechadas damos em tantas pessoas durante o dia sem percebermos?

Nossa população é formada por muita gente diferente, vinda de tantos e tantos lugares... Estrangeiros que muitas vezes não conseguem ler português direito, nem se comunicar adequadamente. Pessoas com problemas de visão, de audição, compreensão. Gente que veio de cidades onde não havia nem água, nem carros, nada. Por isso penso hoje a cidade de um jeito novo. A cidade não cabe em multas, cartilhas e estatutos.

São Paulo fala muitas línguas e o desafio é inventar um idioma compreensível a todos. Tentar se por no lugar do outro. E do outro, e do outro... Ouvir, mais do que falar.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O lixo nas ruas tem a cara do brasileiro

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Sim. Nossos lixos pelo chão são sinalizadores de nossas atitudes diante da vida e do mundo. Nossos trecos espalhados por aí são rastros de nossa pressa. Rastros da vontade que temos de nos livrarmos rapidamente daquilo que incomoda, do que não cabe mais em nossas vidas. Fazemos isso até com os "amores"! Como sair por aí pedindo que tenham consideração pelas ruas ou pelo vizinho, se muitos não sabem nem onde estão os filhos naquela hora?

Mas o lixo não sinaliza apenas coisas ruins. Indica também nosso excesso de tolerância, benevolência. Nossas vistas grossas para os erros alheios. Objetos que escancaram nossos hábitos. Acumulados de coisas soltas que ninguém faz questão de julgar. O lixo pelas ruas é a maior bandeira de nossa extrema liberdade.

Nosso país nos oprime em moldes arcaicos de comportamento e pensamento. E ao mesmo tempo nos traz para porta de casa o mundo todo numa tacada só. Observar o lixo nos permite conhecer melhor o vizinho. Seus hábitos de consumo, como anda seu bolso, sua alegria.

Eu tenho medo do dia em que alguém vier me multar quando deixar um papel de bala cair no chão, sem querer. Nesse dia terei certeza que nossa liberdade flamula distante. Quero eu poder escolher onde despejar meu papel. Sei que escolherei sempre o recipiente apropriado. Mas sei também que se caso algum dia me der a louca e eu agir inconseqüente, a cidade não irá me julgar por um ato isolado, e isso é bom.

Sair espalhando placas educativas é interessante, pois nelas podemos expressar nosso incômodo, nossos anseios e dissabores. Mas também sei que placas mal educadas entristecem a cidade, criam estigmas. Sinalizar bons hábitos com placas de duro conteúdo não é simpático, nem legal, em todo sentido da palavra. Não serei eu a sinalizar o bom hábito do vizinho através de uma placa. Poderei pedir. Nunca mandar.

Devemos ter cuidado ao lançarmos mão de truculências, pois a vida leva e traz. Respeitemos o cursar do rio, aprendamos com ele. E enquanto o rio não nos leva ao destino sem que o remo nos seja pesado, aceitemos seu curso, admiremos a paisagem e aprendamos com ela. Sem isso não haverá felicidade.

Um amigo me fez refletir com seus poemas, aqui está:
http://www.germinaliteratura.com.br/2010/artes_paulo_dauria_jun10.htm

Calçadas ecológicas, pedestres educados

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domingo, 18 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Você já passou pela Rua Dr. Miranda de Azevedo em julho?

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Já reparou como essa rua é linda no inverno? As árvores ficam cor de rosa, e as calçadas também:





quarta-feira, 14 de julho de 2010

Edifícios, prós e contras

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Como a verticalização muda a cara da cidade, e seu efeito "dominó":





Esse quarteirão não tem prédios, mas está bem ao lado do que só tem prédios e segue o exemplo de limpeza:

terça-feira, 13 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Cuidado ao passear com seu cachorro!

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Hoje, na esquina da Rua Ribeiro de Barros com Guiará me deparei com um homem de ótima aparência, que muito provavelmente é morador de algum prédio da região, extremamente machucado, mordido e ensanguentado, pois ao passear com seu pequeno cão foi atacado por um outro de maior porte. O estado desse senhor era deplorável, estava muito ferido. Seu cão conseguiu fugir, se perdendo pelas ruas do bairro.

É preciso ter cuidado ao passear com os animais pelas ruas, pois há muitos cães soltos, além de casas que mantêm seus animais em quintais de muros baixos, oferecendo risco aos vizinhos e transeuntes.

Vamos nos prevenir para que outros casos como esse não ocorram, tendo o cuidado de evitar o confronto direto entre cães desconhecidos, mantendo os cães em coleiras e com fucinheiras, quando necessário. Nossos animais de estimação não podem oferecer perigo nem transtorno aos vizinhos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Enchente, a culpa é da gente!

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É difícil acreditar que estamos numa metrópole da magnitude de São Paulo:

E que graças à falta de amor e de cuidados da população, em dias de chuva forte esse lugar aí de cima fica assim:

Esse é o outro ângulo do descuido:

Que em dias de chuva obriga o ônibus a desviar o seu caminho, e as pessoas a saírem correndo:

Um programão para o final de semana é conversar com os vizinhos sobre isso. Eu moro nessa rua. Quem morar também e quiser tentar convencer os vizinhos sobre a importância de cuidarmos de nossa rua, que afinal de contas é o quintal de nossas casas, é só me escrever. É uma vergonha morar nessa rua, não é?