quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cidade enfeitada para o Natal

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A Paulista está parada. Milhares de lâmpadas e enfeites estão por toda parte e pra combinar os faróis e lanternas dos carros enfileirados forram a avenida.

Está tão enfeitada que chega a ser poluída. Já não bastasse a poluição do ar e sonora durante o dia, agora a poluição visual. É um amontado de bonecos e enfeites que chegam a ser... de mau gosto.

É como quando a gente compra uma árvore de Natal e põe todos os enfeites do armário pendurados de uma vez.

As árvores dos shoppings também estão abarrotadas e até hoje só não vi pendurarem dinheiro - o resto, tem de tudo: Ursos, flores, bolas, bonecos, sinos, chaves, caixas de presente...

O senso estético do brasileiro é um caso sério. Boa prova é terem montado um palco na Paulista todo vermelho, cheio de bonecos gigantes que simplesmente mataram a vista do horizonte da avenida.

E haja Papai Noel. Se eu fosse criança, ia ficar de bode. Sem querer desvendaram o mistério de que Papai Noel é uma grande mentira, pois se não fosse não poderia estar em toda parte já em novembro. Eles estão pelas ruas, pelos enfeites, em tamanho natural e gigante. Em versão viva e inanimada. Papai Noel não existe, se existisse, não seriam tantos. Perdeu a graça.

Salva-se disso tudo o presépio da Pça Charles Miller e a projeção de luzes no estádio. O Parque Ibirapuera. Edifícios enfeitados com bom senso estético. E a árvore de Natal da vovó, onde balas de chocolate e caramelo eram penduradas e a gente ficava louco pra passar o Natal só pra poder comê-las. Fora isso haja panetone o ano todo, regado a nozes e peru, que até dentro do pastel de feira já foi parar.

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