O Hospital São Camilo, comemorando seus 50 anos, no mesmo ano em que a Pompeia faz 100 anos, organizou um concurso cultural incentivando o resgate da memória e a expressão do amor pelo bairro.
Todos os meses histórias e fotos serão premiadas. O vencedor do mês de Abril saiu hoje, e foi nosso querido Paschoal Carone, dono da banca de jornal da esquina da Alfonso Bovero com Av. Pompeia.
Eu participei com uma poesia e fui condecorada em menção honrosa. Vou tentar conversar com o Cleber Falcão, do Centro Cultural Pompeia, para tentar ter acesso a todas as histórias e fotos participantes, para que agreguemos ao Museu do Bairro que ele está organizando.
Essa é a foto vencedora:
E aqui estão as historias com menção honrosa (inclusive a minha, que legal!):
Autoria: NEUSA FERNANDES MAURO
LEMBRANÇAS NA VILA POMPÉIA. Passados cinqüenta anos parece que tudo aconteceu ontem. Morávamos na Rua Ministro Ferreira Alves numa casa térrea antiga e aconchegante, lugar aprazível. Uma família de quatro filhos e o cachorrinho Lulu. Nossos primeiros anos escolares no Externato Quinze de Outubro e no Instituto Florence. Vimos o bairro crescer. Das antigas casas, amplas e elegantes até a chegada dos prédios modernos. As vendinhas, hoje substituídas pelos grandes supermercados. O hospital São Camilo que hoje é um complexo hospitalar. Ah, inesquecível! Falar da Avenida Pompéia com suas árvores que despejavam as lindas painas pelo chão. Nossa alegria. A paisagem hoje está vertical, o comércio diversificado e o transito que já foi tranqüilo, hoje congestionado. A igreja matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompéia:a primeira comunhão, as missas aos domingos, a subida da Rua Barão do Bananal onde vovó Rosa parava para tomar fôlego. As reuniões com o Grupo de Jovens , os “bailinhos”. Na mesma Rua Barão papai numa oficina montava carrinhos para alegria do caçula. As caminhadas, na adolescência, para ir aos colégios José Candido na Rua Diana e no Zuleika de Barros na Rua Padre Chico. O casamento nos afastou pouco tempo do bairro e a vontade de voltar foi forte. Nossos filhos, criados aqui tiveram seus primeiros passos escolares na pequena Meu Mundo, na Rua Tucuna. Vila Pompéia, pedacinho de São Paulo. Neide e Neusa Fernandes.
Autoria: DELCIO VITTORI PAGLIARI
Década de 1930,os PAGLIARI residiam na Rua Diana,esquina c/Min.Ferreira Alves.Nos finais de semana o Pic Nic com a criançada,acontecia na relva ,debaixo dos arvoredos do Palestra Itália,com muito sanduiche e vinho.A vida prossegue e meu pai,esse garoto sentado com o garrafão de vinho,ja com 18 anos,tornou-se mecanico da Oficina do Léo,na Rua Turiaçú,esq.com Germaine Burchard.Léo era um sonhador e construiu seu 1º carro de corrida.A pista de teste era justamente a Av. Pompeia, já na época bem larga e toda de terra batida e nos finais de semana lá iam os dois com o carro para testá-lo.Nessa época as rodas dos carros eram confeccionadas em madeira,meu pai levava umas 5 ou 6 rodas sobressalentes.Léo saia com seu "bólido" barulhento pela Avenida acima e posteriormente descia como um "louco" e....as rodas partiam-se ao meio!!! Lá ia meu pai substituí-las e começava tudo de novo,um pouquinho diferente da Formula 1 atual..rs..Que saudades da família,dos amigos,das histórias.Dá vontade de chorar...
Autoria: FERNANDA M. RODRIGUES
PRA POMPEIA Esse bairro é diferente só quem sabe é a gente que aqui veio morar Lá da ponte uma vista mesmo longe já conquista um convite a visitar Cá chegando uma surpresa quantas árvores, que beleza não me canso de olhar Os modernos espigões sombreando os casarões deveriam incomodar! Mas nos prédios moram amigos dos moradores antigos, reina a paz nesse lugar Aqui todo mundo conversa vira-lata e gato persa é o charme do lugar No São Camilo eu nasci chorei, sorri, cresci nem pensar em me mudar! Escolas, rock, feira de arte, com barzinho em toda parte e uma quadra pra sambar Tem Sesc, Shopping, Palmeiras jogos, shows e domingueiras pra quem quer aproveitar Nossa fama só se espalha um cantinho é uma batalha pra comprar ou alugar É que aqui tem tanta gente que vive tão contente todo mundo quer morar!